domingo, 26 de abril de 2015

A ascensão do determinismo neurogenético.


O texto a ser comentado hoje é "A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético", escrito por Steven Rose. 
No texto ele nos mostra o quanto os avanços na neurociência se dão com extrema rapidez, onde os neurocientistas se desdobram para dar sentido e explicação a essas descobertas rápidas nessa época da história que esta sendo conhecida como "Década do Cérebro". Nessa era, estamos tendo descobertas marcantes. Esta imergindo aqui a neurogenética, que busca identificar os genes que afetam o cérebro e o comportamento das pessoas, dando uma causa, e se precisar que os modifiquem, assim conseguir. Isso se dá porque a neurogenética se diz capaz de explicar as situações do cotidiano e modificá-los se for necessário. 
Foi dito no texto que o que somos e sentimos pode ser dado por causas externas, onde as ciências sociais explicam, ou internos, que devemos buscar explicações na neurogenética, ou seja, na biologia para encontrar soluções para aquilo que nos incomoda. 
A verdade é que, para que a explicação dos fenômenos humanos seja plausível, ela deve levar em conta essas duas dimensões objetivas, externas e internas, e ainda a subjetividade que envolve as pessoas. Isso ao meu ver é o mais certo, pois nada é explicado apenas objetivamente, mas também não é apenas subjetivo, a verdade é que varia, em alguns talvez a causa seja objetiva, em outros a causa da ação tenha sido pela sua subjetividade. Assim, penso um pouco diferente do que os deterministas neurogenéticos pensam, onde eles dizem que até pode haver a subjetividade, mas que em ultimas instâncias a causa é biológica. Ao meu ver isso varia de pessoa pra pessoa, a causa é variável.
Esses deterministas neurogenéticos ditam uma relação de causalidade entre o gene e o comportamento das pessoas. Exemplo: o homem é homossexual porque possui um gene pra isso, a pessoa é depressiva porque possui um gene para isso, a pessoa é violenta porque possui um gene de violência, entre outras predisposições genéticas. 
Muito se busca saber sobre o porque das pessoas serem violentas, procura da causalidade essa que acho correto procurarmos, porque muito do que acontece no mundo me parece inexplicável, e se alguém conseguisse me dizer o porque daquilo seria esclarecedor, e seria importante também para saber prevenir que aquilo repetisse. Houve um pesquisador que disse que a violência estava ligada ao gene, mas, focalizou o estudo na classe trabalhadora pegando apenas alguns crimes relacionados a violência. Eu concordo totalmente com o autor do texto no momento em que ele cita que o cientista que fez esse estudo o fez de forma precária, pois o mesmo só focou numa classe, com poucos tipos de violência, pois, como foi dito no texto, muitos casos de violência não são assim denominados e se o fossem teriam alterado completamente o resultado. 
A verdade é que, explicar o porque da violência é muito complicado, reduzi-la a uma causa ou algumas causas me parece complicado demais, pois muito é dito sobre a criação da pessoa, mas vemos muitas pessoas que usam suas dificuldades como motivação, entre outras coisas, é um tema que com certeza gera dúvida, e por isso, quando alguém tenta reduzi-la a uma causa, acaba sofrendo represálias pelas dúvidas que essas causalidades geram nas pessoas. No próprio texto, o autor diz que é complicado resumir a agressividade a algo no cérebro como causa, isso pode ter influenciado a sua atitude agressiva, mas não necessariamente é a causa, definir a causa é muito complexo, eu não consigo ver ninguém definindo a causa da agressividade e violência das pessoas com certeza, me parece algo quase que impossível, por poder surgir de inúmeros fatores.
No texto é dito que não existem genes para os olhos verdes, castanhos, quem dirá para características tão subjetivas, e é uma questão de lógica isso. Se algo que é apenas expressão do nosso dna e, normalmente, não muda no decorrer da nossa vida não pode ser explicado apenas por um gene, porque algo que é afetado por várias outras coisas seria. A neurociência nos é muito importante, através dela vemos a predisposição a algumas doenças, vemos o que cada área pode alterar na nossa vida, mas as interpretações de suas descobertas devem ser olhadas mais de perto, e questionadas com mais firmeza, pois muitas pessoas tomam como verdade o que esses especialistas dizem, sem nem questionar, sendo que as vezes, essas interpretações foram equivocadas. Ao se interpretar as descobertas da neurociência, deve-se sempre explicitar a importância da subjetividade da vida das pessoas também, pois isso influência nas expressões de vida das pessoas, ai sim será possível chegar mais perto das explicações do porque as pessoas são como são, ou do porque possuem tal doença. 

Rose S. A. (1997) perturbadora ascensão do determinismo neurogenético. Ciência Hoje, 21, 18-27. 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Sobre ser são em lugares insanos.

O texto a ser comentado hoje é um texto que se baseou em uma pesquisa de Rosenhan, onde ele investigou a capacidade dos psiquiatras em identificar a diferença entre pessoas "sãs" e as "insanas", no ano de 1972. Nessa pesquisa, ele fez com que 8 pessoas "sãs", ele incluso, fossem a diferentes hospitais psiquiátricos alegando estarem ouvindo uma voz dizendo "tum", mas todo o resto dito seria verdade. Ele utilizou essa palavra porque, segundo o que foi dito no texto, não havia registros de alucinação auditiva com essa palavra. Além disso, os ensinou conseguir fingir tomarem os remédios, caso fosse necessário.
Os registros da pesquisa não são muito completos, mas foi visto que, mesmo mostrando apenas um sinal de alucinação, Rosenhan e os outros 7 foram internados, um como psicótico maniaco e os outros com esquizofrenia. Assim que receberam o diagnostico e foram internados, eles já alegaram não ouvir mais a voz e relataram as situações reais e "normais" de suas vidas. Mas mesmo assim eles ficaram bastante tempo internados, na média 17 dias, onde o que ficou menos tempo ficou 7 dias e o maior tempo de internação foi de 52 dias.
Os relatos do que acontecia nos locais de internação chocaram a sociedade naquela época, pois foi demonstrado um descaso com os pacientes mentais naquele local o qual deveria cuidar deles. Rosenhan diz que sentia que os pacientes eram tratados como indignos de importância, invisíveis, onde os enfermeiros não os notavam, não se importavam se estavam ou não tomando remédio desde que se comportassem, e aqueles que os incomodavam poderiam ser espancados, sem motivos aparentes.
Nas terapias que eles tiveram de fazer nas internações, eles contaram suas histórias reais, e apesar disso, suas histórias foram meio que adaptadas para o diagnostico previamente dado a eles. Isso é dito por ele, porque, se alguém denominado normal as contasse seria completamente comum, mas como era um louco, aquilo era história de vida de louco, que contribuiu pra sua loucura.
O interessante pra mim, foi quando ele disse que os ditos insanos, os de verdade e não os que fingiram ser para a pesquisa, perceberam que ele não era insano, que ele provavelmente era um professor ou alguém que investigava o hospital. Isso chega até a ser engraçado, pois eles que não tem formação acadêmica alguma conseguem identifica-lo, mas os profissionais não conseguiram. Ao meu ver, talvez isso tenha acontecido por medo de a pessoa ter algum problema, mas como não possui muitas alucinações além da voz dizendo tum, preferem prevenir a arriscar a pessoa ter um surto. Pra mim, não cabe apenas apontar o dedo aos psiquiatras naquela época, até porque as doenças mentais, até hoje, são muito difíceis de serem diagnosticadas com certeza, deve-se analisar mais a fundo, não sei de que forma, mas é o mais certo. Mas a verdade que temos é que as doenças mentais são reais, e são perigosas muitas vezes, por essa dificuldade de diagnostico, então pode ter sido um erro interná-los, mas naquele momento, os psiquiatras podem ter ficado com medo de perder uma vida ou que a pessoa perdesse sua sanidade e tentaram ajudar.
Concordo com o que foi dito no estudo, que o diagnóstico não fora realizado na pessoa, mas no contexto do seu diagnóstico, que os rótulos determinam como vemos as coisas e pessoas, isso talvez aconteça pela nossa natureza humana, onde criamos pre-conceitos das coisas e tudo o que vemos acaba por nos confirmar aquela primeira impressão. Mas é necessário investigar o fato descrito no estudo mais a fundo e de perto para se ter uma conclusão concreta do porque os psiquiatras os internaram e mantiveram lá por tanto tempo, mesmo sem demonstrarem mais alucinações.
A autora do texto refez o teste de Rosenhan, e mesmo sem possuir outros sintomas além daquela palavra tum, recebeu receitas de anti-depressivos e psicóticos. Novamente pra mim, isso apenas confirma o receio dos psiquiatras em liberar uma pessoa que não possui muitas características de doença mental, mas que possa ter a possibilidade de apresentar algum problema mental.
Isso é algo muito difícil e complicado para se julgar e dizer que os psiquiatras erraram feio ou algo do tipo, os problemas mentais são de difícil diagnostico. Os médicos são formados para curar e salvar a vida das pessoas, aquela atitude talvez precipitada de internação e receita de medicamentos seja uma forma de evitar perder vidas e não dar brecha aos males que podem atingir as pessoas. É obvio que foi um erro internar pessoas normais por tanto tempo, mas elas alegaram algo que intrigou os psiquiatras, que, novamente, pelo medo de perder um paciente, optaram por tratá-los sem conhecimento pleno do seu problema, mas tudo com a intenção de cuidar deles. A falta de caridade com os doentes na internação, o descaso e as agressões sim são problemas gravíssimos que devem ser combatidos de todo jeito, mas isso, creio eu, não está ligado a profissão alguma, mas sim a falta de caráter e compaixão das pessoas, isso deve ser trabalhado desde berço e por toda a sociedade pois é totalmente inadmissível, acima de tudo deve ser punido e corrigido pois, independente de quem somos e o que temos merecemos respeito acima de tudo.

REFERÊNCIA:
Slater, L.(2004) Mente e Cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro

sábado, 11 de abril de 2015

Uma outra visão sobre a Hipnose.

Hoje eu vou falar sobre a hipnose, usando dois textos que abordam esse tema. A verdade é que os textos mudaram bastante minha visão da hipnose, pois a visão de hipnose que eu tinha era aquela mistica, mágica, onde as pessoas imitavam animais e faziam coisas bizarras e engraçadas, e depois não tinham nem a capacidade de lembrar o que tinham feito, ao ouvir falar em hipnose eu pensava num show, espetáculo, algo assim. E na verdade, a hipnose não tem nada a ver com isso, um dos textos já começou quebrando meus paradigmas, dizendo que tudo o que a pessoa que esta sendo hipnotizada fez na hipnose ela faria consciente, e disse ainda que ela se lembraria de tudo depois do fim da hipnose, coisas que eu, no meu "conhecimento" jamais acreditaria.
A aplicação da hipnose e seu sucesso depende de vários motivos, desde quem conduz a hipnose, até as característica da pessoa que está sendo hipnotizada, assim, seria necessário estudar mais a mesma para se ter um conhecimento de como ela funciona a fundo e poder usa-la para melhorar o dia a dia das pessoas, porque pra mim esse é o intuito das pesquisas, é melhorar o cotidiano das pessoas, porque se não ajudar nessa melhora não tem sentido pra mim.
Eu entendi a importância da hipnose quando num dos textos foi mostrada a capacidade dela de controlar o cérebro, e esse controle do cérebro faz com que a pessoa "ative" ou "desative" áreas do cérebro, onde foi descoberto que podem chegar até a substituir as anestesias clínicas, pois através desse controle, consegue-se atingir as partes do corpo onde elas podem ser anestesiadas. Isso é algo muito surpreendente pra mim, pois eu conheço pessoas que têm alergias a anestesia, não tem conhecimento desse poder da hipnose, ou seja, nunca tentaram passar por esse processo para ver se funcionaria com elas e acabam passando por procedimentos cirúrgicos sentindo a dor da cirurgia. Outro exemplo é o da pessoa que utiliza a hipnose para entender problemas que ela tem, buscando entender o que causou o mesmo, e as sessões podem "voltar no passado", coisas do subconsciente da pessoa, que ela não se recorda conscientemente, mas que afetam o modo de agir dela. A partir do momento em que a pessoa entende o momento chave da vida dela que faz com que ela haja de forma X, ela tem a possibilidade de trabalhar nisso.
Em um dos textos, temos o caso da Suzanna, uma mulher que estava passando por uma crise, por vários motivos como traição do marido, afastamento do emprego por dores físicas, entre outros motivos, que fizeram a mesma chegar na conclusão de que ela não merecia ser amada. Esse pensamento, ligado as dores físicas, como a fibromialgia que a afastou do trabalho e agravou sua crise, a tornou a pessoa sem esperanças que ela se mostrava. Ela havia frequentado diversos médicos para tentar sair dessa tristeza e também curar/amenizar as dores físicas, e ela relatou, ao aceitar usar a hipnose e ser assistida durante esse processo, que nada melhorava nenhuma de suas dores, físicas ou internas. Isso segundo ela, acontecia também porque ela não era ouvida, os profissionais apenas queriam lhe medicar e não ouvir sua história do porque ela chegou até ali.
Ao ouvir da pesquisa dos poderes da hipnose, ela aceitou passar por isso e se ofereceu ao pesquisador para tentar melhorar sua saúde, pois ela já não tinha esperanças de melhora, e estava ali dando uma oportunidade de tentar novamente. Nesse processo, acontece que, através da hipnose e das sessões onde ela era ouvida pela pessoa que conduzia a sessão, e onde essa pessoa que conduzia, a mostrava também que a vida dela tinha coisas a se orgulhar, fazendo ela ver que a mesma só estava focando no negativo da vida dela, ela disse que, após as sessões, as suas dores diminuíram 90%, e foi visto que, após alguns dias de sessões, ela mostrou uma mudança de atitude, onde agora ela se mostrava muito mais positiva, reparando nas coisas boas que existem na vida dela, assim, ressaltando o poder da hipnose bem feita. E a Suzanna também percebeu o poder da hipnose, tanto que, quando ela perdeu um parente e viu que suas dores estavam voltando, ela mesma começou a tentar praticar a hipnose pra afastar qualquer possibilidade de suas dores voltarem naquela intensidade. Isso me fez perceber o poder da hipnose, porque pra uma pessoa que estava descrente em superar ou diminuir as dores tanto físicas quanto emocionais, conseguir esse sucesso através da hipnose é algo a se admirar muito.
Eu já conhecia a hipnose, só não tinha o conhecimento de que isso era hipnose, por ter preconceitos sobre o tema, como exemplo na série de Criminal Minds (ou Mentes Criminosas, como algumas pessoas conhecem) eles utilizam muitas vezes sessões de hipnose, o que pra mim jamais seria hipnose, para ajudarem vítimas de crimes que tiveram suas memórias de crimes ou eventos importantes corrompidas, ou entender aquilo que possa ser a causa de algumas dificuldades que a pessoa tem na vida adulta. Anexei aqui um vídeo do doutor Spencer Reid, um dos agentes do programa, onde ele quer recuperar memórias da infância que o perturbam, pois houve a morte de uma pessoa e ele quer saber o que aconteceu, pois pelo trauma no momento ele não conseguia se lembrar. Este vídeo nos mostra um pouco como é uma sessão de hipnose, a verdadeira hipnose. (O vídeo está em inglês e não possui legenda, eu não achei o mesmo legendado nem dublado, mas vale a pena ver por mostrar o que acontece numa sessão, visualmente.) 
https://www.youtube.com/watch?v=e-XGNbo-uYA

REFERÊNCIA:
Fraga, I. (2010) hipnose fora do palco, Ciência Hoje, 276, 20-27


Neubern, M. S. (2009) Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e qualitativa de estudo. PsicoUSF, 14, 201-209. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A patologia do tédio e o novo sentido do tato.

Hoje falaremos de dois textos, um deles chamado a patologia do tédio e o outro o novo sentido do tato. Iniciaremos pelo texto que fala sobre a patologia do tédio.

É dito como fato no texto que a maioria dos organismos para de responder a estímulos com uma repetição muito grande, e isso pode ser visto facilmente no nosso dia a dia, onde as pessoas que têm um trabalho monótono perdem a vontade de fazê-lo, se aborrecem com ele. Isso é totalmente normal porque nós evitamos ficar em monotonia. 
O texto nos mostra um estudo onde eles pagaram algumas pessoas para fazer nada num quarto, sozinhos, deitados por alguns dias onde eles tinham seus sentidos de tato, audição e visão comprometidos, mas tinham acesso a comida e banheiro normalmente. Essas pessoas entraram no experimento pensando usar esse tempo para pensar na vida deles, mas eles relataram sentir um bloqueio, uma dificuldade de raciocínio por culpa desse isolamento. Os pesquisadores fizeram três testes onde o resultado da maioria o desempenho dos estudados foi perturbado.
Nos testes, um deles o qual chamou minha atenção foi o que eles ouviram um áudio afirmando a existência de fantasmas, e, por influência do isolamento, depois de ouvi-lo eles demonstraram medo de ver fantasmas no quarto, não é dito se eles acreditavam ou não em fantasmas, mas a meu ver, o isolamento alterou tanto a percepção de realidade que até aqueles que não acreditavam em fantasmas ficaram com medo por manterem aquele áudio na cabeça e começarem a imaginar coisas. Outra parte do relato das pessoas que ficaram isoladas que me chamou a atenção foi eles afirmarem que, depois de um tempo confinados, eles começaram a ver imagens e alucinações tanto visuais quanto auditivas, e que chegavam até a interagir com eles. Eu nunca imaginaria que o tédio era capaz de fazer com que seu corpo fizesse você ver/ouvir coisas pra suprir aquela necessidade de sair da monotonia que ele não suporta mais, é algo surpreendente pra mim, porque eu já associei alucinações com diversas coisas, mas com o tédio nunca tinha imaginado. 
Passando para o segundo texto, eu o considerei mais interessante do que o primeiro, ele chamou muito mais minha atenção do que o do tédio, pois eu acho que o que foi descoberto nele seria mais enriquecedor para a sociedade e mais aplicado ao cotidiano do que o primeiro, na minha opinião. Esse texto fala do novo sentido do tato. Primeiramente, ele me abriu os olhos para a importância do tato na nossa vida, onde muitas vezes nos não prestamos atenção ao tanto que ele é importante, e o tanto que ele pode ser eficiente na ajuda a pessoas que possuem outros sentidos comprometidos. 
O texto nos mostra o estudo da NASA que desenvolveu um macacão táctil, que explora as reações do tato para salvar a vida de pilotos militares, evitando que os mesmos não percam a localização no espaço, ou seja, que eles saibam se estiverem voando pra cima, ou se aproximando do chão etc, onde ele toca certas partes do corpo para que o piloto se atente ao deslocamento do avião, pois é visto que o tempo de reação do tato é duas vezes mais rápido que a visão, e poderia salvar vidas. A verdade é que, a importância da experiencia pra mim nem foi muito nessa parte de desenvolvê-la para pilotos, mas sim para que ela se desenvolva para ajudar aqueles que possuem limitações em outros sentidos nossos, como por exemplo aqueles que tem problemas de visão. Isso seria um avanço enorme para eles pois, se esse macacão os avisasse de obstáculos, de localização no espaço em que eles estão andando seria um algo a mais pra independência deles, porque por mais que muitos que possuem essa necessidade sejam independentes ao caminhar, isso seria um algo a mais para aqueles que não se sentem seguros a andar por ai sozinhos, até porque, as nossas estradas e caminhos públicos que todos temos que usar são bastante complicadas para quem tem todos os sentidos aguçados, quem dirá para aqueles que possuem limitações. Se o mesmo for desenvolvido para eles, eu acho que seria de uma importância enorme, pois é algo que ajudaria no cotidiano deles consideravelmente ao meu ver.

REFERÊNCIA:
Heron, W. (1977) A patologia do tédio. Psicobiologia: as bases biologicas do comportamentoRio De Janeiro: LTC. 
SchropeM. (2001). O novo sentido do tatoNew Scientist2 de Junho, 30-33.